
A lágrima
sem vigília inunda a palavra
que se desgarra em sangue e sal
sobre a terra seca e aduba
a verdade por baixo dos tapetes
os pecados submersos nas paredes
o leito onde repousam mentiras sujas
sob sedas e contas de aves marias inúteis
A lágrima
sem vigília inunda o verbo descarnado
em meu canto rocha e aduba a alma roxa
o peito rubro e a cova rasa
sob o rosário de mortes escandalosas
A lágrima sem vigília inunda os dias
onde se perde a justeza da coisas
Por isso, meu verso é rude :
-engasga!
nanamerij
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