terça-feira, janeiro 26, 2010


_noturno_
( VII)

_ se tudo é em vão, por que os sonhos?




ah! os sonhos, são como as rosas bravas

florindo por engano , entre seixos e areias

nos canteiros da memória , cerro os olhos

para esquecê-los e para odiá-los também


encontro-os, nas fadigas,nas crueldades dos

fraguedos dos medos onde tudo petrifica-se

sem ter o quê plantar, porque não se escava

simplesmente, como a flor fugaz : - morre-se


quando eu morrer,deixa - me como a rosa brava

pousar no silêncio restante da chuva qual húmus

nos pedras anciãs onde o meu grito não terá eco



apenas rosear-me , pétala esquecida, sem aromas :

-nas grutas abissais do nada,onde deus é provável!


nanamerij

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