domingo, outubro 24, 2010


_   crepusculário  _
     [insetos que aparecem à boca do crepúsculo]
                  حشرات أنّ يظهر إلى الفم من الغسق
[tela Roi James]
uma brisa mareada nauseando a boca do crepúsculo
enquanto busco colher uma qualquer luz, que me foge
entre os amarelos de ipês, talvez as verdades de túmulos
insetos, no rosto da sobretarde esquiva, que já dorme


como demente atravesso a nado, esta inteira primavera
cravada de dúvidas, sem fôlego por prometidas eternidades
o cristo nos céus do rio é paisagem pétrea, nada revela


o que digo nasce com idades seculares, das mil mentiras contadas
meu verso traz a poeira dos falsos segredos, restos de iniquidades
e tu leitor és tão somente,assim como eu,apenas fuligem:
                                                                            ! miragem

anadeabrãomerij
  

Um comentário:

  1. Sempre belos e fortes, os seus poemas.
    Adoro sua poesia.
    Bjs, Carlos de Lira Grueger
    Rio de Janeiro
    Saudades de nossas conversas afiadas.
    Quando vai aparecer?

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