_ cantata por uma aldeia moribunda _
( memórias de minha aldeia)
_ existiu um tempo- distante, que o ar era lavado, as águas cantavam e os campos floriam:-eu era feliz e sabia! _
feridos por fauno,teu solo
teus rios e tuas campinas
mortalham tudo que de ti
um dia meus olhos viram
tuas imagens jamais patenteadas
naufragadas dentre as correntezas
do tempo,que arde-devora e mata
no silêncio gótico tuas montanhas e os
trigais já não se vergam sob os ventos
teu chão árido aborta os grãos da terra
nos vitrais não mais ressoam as preces
das filhas de maria - ímpias mulheres
nas procissões das cordas por fé cristã
em que garganta retidos os teus retratos d’ outrora
e a tua pureza virgem tecida nos alecrins do campo
ah! aldeia minha...
em que cordão de prata ainda te sustentas?
ah! aldeia minha ...
em que cova rasa te sepultaram?
anadeabrãomerij

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