sábado, dezembro 26, 2009

_ cantata por uma aldeia moribunda _


( memórias de minha aldeia)



_ existiu um tempo- distante, que o ar era lavado, as águas cantavam e os campos floriam:-eu era feliz e sabia! _







feridos por fauno,teu solo

teus rios e tuas campinas

mortalham tudo que de ti

um dia meus olhos viram



tuas imagens jamais patenteadas

naufragadas dentre as correntezas

do tempo,que arde-devora e mata



no silêncio gótico tuas montanhas e os

trigais já não se vergam sob os ventos

teu chão árido aborta os grãos da terra



nos vitrais não mais ressoam as preces

das filhas de maria - ímpias mulheres

nas procissões das cordas por fé cristã



em que garganta retidos os teus retratos d’ outrora

e a tua pureza virgem tecida nos alecrins do campo





ah! aldeia minha...

em que cordão de prata ainda te sustentas?



ah! aldeia minha ...

em que cova rasa te sepultaram?



anadeabrãomerij

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