
_ opus poético _
a plena ressurreição da beleza inaugural
busco no fundo do mar,no oco do mundo
persigo-a dentre as alamedas do olimpo
e nos mais profundos abismos do inferno
a beleza ímpia dos amantes sepultados vivos *,
procuro-a entre os mortais,sem jamais ter visto
quero a que habita na pedra, na terra, no fogo,
no mangue, no sangue, nos sepulcros , no lixo
aquela que explode feito alquimia e mágica
nas mãos calejadas e sujas dos andarilhos
a beleza , dos temas agudos e improvisados
nos cantos dos grilos, ou nas gotas da chuva
caindo como extrema unção ao morrer da tarde
como se funeral sagrado de cigarras seresteiras
não a beleza conceitual das coisas possíveis
gravada nos rostos, nos corpos, nas gentes
pois que se esgota na epiderme da realidade
a que persiste no rastro do tempo
a que tem ranhuras , unhas e garras afiadas
aquela que arranha, que fere,que rasga :
_ o mel de minhas pupilas em lágrimas mornas
da beleza que busco , sabe o poeta:
- curador da memória!
nanamerij
ah, que beleza de poema, Amiga.
ResponderExcluirUm grande abraço
jorge vicente
A beleza que vem nos teus versos, Nana, toma a gente, nos fala e brinda conosco, entranha-se na pele como um aroma.
ResponderExcluirObrigada por esse poema, pelo blog lindo e bem cuidado, de um gosto raro em cada canto.
Parabéns!
beijos
da Sonia
Sonia,
ResponderExcluirEstou tão feliz pelas visitas que recebi.Agradeço de forma especial suas palavras sempre carinhosas no trato de minhas escritas, vindo de vc. , acredite é estímulo para seguir nesse caminho de sanidade e loucura da poesia.
Um beijo querida, nana
Jorge Vicente,
ResponderExcluirReceber vc. aqui, é mais que alegria, saber que gostou do poema é
é um sentir-me quase no rol dos poetas que admiro, entre eles, você.
Obrigada, Amigo. Um beijo,anamerij