permanências
há quem nasceu beira rio
há quem nasceu beira mar
eu nasci beira trilhos
ficou no lado esquerdo do peito
carvão, fumaça, apitos
há quem nasceu nos planaltos
há quem nasceu nas campinas
eu nasci entre montanhas
ficou esse débito com horizontes
no amarelo de minhas retinas
por isso esse jeito de lágrimas e fervor
a suspirar partidas, a mastigar adeus
entre as palavras que soluçam nos dedos
e nos lábios os ecos-saudades dos beijos de amor
ficou em minha voz o clamor perene
balançando os ventos da memória entre os dormentes
de quem vai, de quem vem:
_ plasmado na plataforma devotada da estação do trem!
anadeabrãomerij
18/02/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário, envie sugestões.
Obrigada!