_ até a próxima encarnação _no peito o verbo engasgado, um tapa na cara, a alma pálidaum poema intoxicado a curvar-se para vomitar mentiras gastaspara cuspir verdades mofadas,nos templos , nas tribunas, nas casasdebaixo da cruz, das togas, dos tapetes, a sete chaves lacradas
chagas do dia antes de hoje, e do dia que será,herança amargacomo se , espinha de peixe a atravessar as gargantas das letrassorvo, a qualquer semelhança dos justos, meu total desespero
e, uma palavra rubra e afiada dilacera -me página por página
assim que:tantas vezes morri,pelos estampidos dos vazios das pessoastantas vezes ressurgi,em meio a multidão de ausências redentoras
por tal,
sou esta falta de jeito,este verso com defeitosem rotas, sem bússolas, sem direçãosou esta poesia a suspirar pela hora da morte :- até a próxima encarnação!
[porém, dói!]anadeabrãomerij
E como dói...
ResponderExcluirabraço, ana...