rasgo os pulsos e as artérias da 
Palavra,perdida
entre os silêncios de Deus,e 
seus mistérios escondidos
grito minha ira,entre três pai nossos e dez 
ave-marias
 
urge,
desarrumar memórias e revirar suas 
frestas
desmontar os dias e penetrar nas fissuras da Cruz
atravessar os espelhos ,descobrir as 
janelas
 
beber os últimos goles da água benta,velha e 
suja 
para escaldar a alma sem temor de encarar os 
santos
queimar a interdição dos pecados,afogar as 
culpas 
 
cuspir mil impropérios,como quem 
reza
lamber as chagas e cicatrizes da 
morte
 
roer
doer
cortar
sangrar em 
ritual 
 
no altar dos ofícios,tomar a 
Hóstia desta ferida vertebral
 
anadeabrãomerij
Nana, vc é magistral!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirBjs
Poema profundo, belo, triste, radical. Vc não escreve por escrever. O Tempo urge e a beleza da boa Poesia precisa tomar seu prumo e sua seta certeira. Vc sabe das coisas. Entende da alma dos homens. Obrigado pela emoção que vc me proporcionou.
ResponderExcluirTanussi Cardoso, poeta
Obrigada meus Queridos!
ResponderExcluirVoltem sempre.
Bkos, anamerij